O Programa Finep InovaDoc é uma nova iniciativa que tem por objetivo a transferência de tecnologias já consolidadas em universidades, centros de pesquisas e demais Instituições de Ciência, Tecnologia e Inovação (ICTs) brasileiras para empresas.
Entende-se como tecnologias já consolidadas aquelas que já atingiram um nível de maturidade mínimo de protótipo, cuja propriedade intelectual esteja ou não protegida, e cujo produto já tenha demanda pelo mercado. Nesta fase, as soluções tecnológicas não encontram mais, no laboratório, o ambiente de negócios adequado para desenvolvimento, e precisam seguir sua evolução em uma empresa.
Os projetos devem estar enquadrados em alguma das seguintes áreas temáticas: biotech, nanotech, healthtech e agritech.
O programa buscará dar o apoio necessário para que pesquisadores – doutorandos, doutores e pós-doutores – com elevada qualificação profissional e conhecimento científico empreendam e criem novas empresas ou transfiram a tecnologia para empresas já existentes.
O Finep InovaDoc vem para complementar o portfólio de Programas da Finep, inspirado em modelo já consolidado com o Programa Centelha. Enquanto este último pode apoiar ideias ainda não demonstradas ou validadas, o novo programa é voltado para soluções com Technology Readiness Level (TRL) entre 6 e 8, que tenham, a princípio, minimamente um protótipo validado em ambiente relevante ou operacional.
O Programa Finep InovaDoc integra um conjunto de programas de apoio a empresas com faturamento inferior a R$ 90 milhões, incluindo os programas Centelha, Finep Start-Up e Inovacred. Deste modo, a Finep consolida um fluxo de possibilidades de financiamento para essas empresas, permitindo contemplar desde o empreendedorismo inovador, projetos de maior risco tecnológico, investimento e crédito, até a introdução de lote pioneiro e comercialização de novos produtos, processos e serviços no mercado.
Serão destinados recursos de subvenção econômica para apoiar empreendimentos de base tecnológica, que envolvam alto risco tecnológico e mercadológico, de modo a fomentar a mobilização de atores do sistema técnico-científico, convertendo o conhecimento acadêmico em produtos e processos.
Prazo para envio de propostas até:
27/04/2023
Qualquer dúvida, envie email para: contato@hojeinveste.com.br
Financiamento de R$ 99 milhões permitirá à HT Micron desenvolver nova linha de chips de memórias utilizados em smartphones e tablets de nova geração, além de ampliar sua capacidade produtiva
Novos componentes proporcionarão redução no espaço ocupado nos smartphones e aumento na velocidade de transferência de dados, atendendo às novas demandas trazidas pelo 5GO Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou financiamento de R$ 99 milhões para a empresa HT Micron, de São Leopoldo (RS), investir na ampliação da capacidade produtiva e em inovação no seu processo de fabricação de semicondutores utilizados em smartphones e tablets. Os recursos correspondem a 94% do investimento total previsto no projeto, que é de R$ 105 milhões.
O financiamento permitirá à HT Micron adquirir as máquinas e equipamentos necessários ao desenvolvimento da linha de chips uMCPs (Universal Flash Storage Multi Chips), que gradativamente irão substituir os chips eMCPs (embedded Multi Chip Package) hoje produzidos pela empresa. Além de atender às novas demandas trazidas pela entrada em operação do 5G na telefonia celular, os novos chips proporcionarão não apenas redução no espaço ocupado por esses componentes nos smartphones, como também aumento na velocidade de transferência de dados. “O fortalecimento da indústria nacional de alta tecnologia é uma das prioridades do BNDES. Ao apoiar a atualização e a expansão da capacidade produtiva da HT Micron, contribuímos para elevar a competitividade do Brasil nas cadeias globais de semicondutores, com impacto positivo na balança comercial e na geração de empregos de alta qualificação”, explica o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.“ A HT tem um plano significativo de inovação e diversificação do portfólio de produtos, alinhado com as demandas do mercado. O BNDES é um parceiro estratégico que tem apoiado o plano de expansão da companhia”, afirma Chris Ryu, CEO da empresa. Fundada em 2009, fruto da cooperação tecnológica entre Brasil e Coréia do Sul, a HT Micron é dedicada a prover soluções avançadas em semicondutores. Sua produção teve início em 2010, após a empresa firmar parceria com o Município de São Leopoldo e a Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos). Em 2018, com o lançamento de uma nova linha de chips eMCP de altas densidades, voltada ao atendimento do mercado de dispositivos móveis, a companhia se consolidou como uma das principais fabricantes de semicondutores do Brasil. Hoje a HT Micron atua majoritariamente no mercado de smartphones, smart TVs, PCs e IoT (Internet of Things), produzindo e comercializando memórias e circuitos integrados para esses dispositivos. fonte : bndes.gov.br
Micro e pequenas empresas administradas por mulheres terão limite pré-aprovado de R$ 200 mil para financiamento de projetos de investimento
A Desenvolve Mulher é uma linha de crédito elaborada especialmente para atender mulheres empreendedoras e para fomentar micro e pequenas empresas administradas por mulheres.
Mulheres administradoras de micro e pequenas empresas contarão com crédito pré-aprovado de até R$ 200 mil*. Além disso, na hipótese de liberação de financiamento para compra de equipamentos ou reforma de comércio, por exemplo, 30% desse recurso poderá ser destinado a capital de giro para impulsionar o negócio.
*A Desenvolve SP poderá consultar a classificação de risco da empresa.
¹ Taxa considerando rating A. As taxas variam de acordo com o rating do cliente | * incluindo a carência As condições do financiamento poderão ser alteradas sem aviso prévio
A ciência está esgotando sua capacidade de transformar a sociedade? Esse receio, mesmo sem ser formulado em voz alta, permeou a repercussão de um artigo publicado em janeiro na revista Nature por três cientistas sociais dos Estados Unidos. Erin Leahey, da Escola de Sociologia da Universidade do Arizona, Russell Funk e seu orientando de doutorado Michael Park, ambos da Escola de Administração Carlson, da Universidade de Minnesota, analisaram mais de 45 milhões de artigos publicados entre 1945 e 2010 e 3,9 milhões de patentes depositadas nos Estados Unidos entre 1976 e 2010 e concluíram que, com o decorrer do tempo, se tornou mais difícil para os cientistas obter descobertas originais a ponto de criar um novo campo do conhecimento ou reorientar o rumo de um tema de pesquisa existente.
O trio usou uma métrica, chamada de índice CD, em que os valores podem variar de -1, para trabalhos menos disruptivos, a +1, para os mais disruptivos, e mostrou que a média do desempenho medido no indicador caiu gradativamente (ver gráfico). A queda acumulada nos períodos analisados foi de mais de 90% para artigos e mais de 78% para patentes. É verdade que o número absoluto de artigos e patentes considerados transformadores ficou em um mesmo patamar ao longo do tempo. Mas como o volume total de trabalhos e de aplicações cresceu de forma exponencial – estima-se que, atualmente, cerca de 3 mil artigos sejam publicados por dia –, a participação relativa da ciência dita disruptiva na contribuição global dos pesquisadores perdeu fôlego, em uma evidência para os autores do trabalho de que o formidável esforço empreendido para produzir conhecimento rende dividendos mais magros do que os investimentos projetavam.
O trabalho divide a ciência inovadora em duas categorias. A primeira, apontada como disruptiva, caracteriza-se por “perturbar o conhecimento existente”, impulsionando a ciência e a tecnologia em novas direções, de acordo com o artigo publicado na Nature. A segunda, definida como consolidadora, melhora “os fluxos de conhecimento existentes e, portanto, consolida o status quo”. Para distinguir as descobertas que se encaixam em um ou outro tipo, foram analisadas as referências bibliográficas presentes em artigos e patentes. Estudos consolidadores tendem a ser citados em trabalhos subsequentes juntamente com outros artigos relevantes que vieram antes, em um sinal de que diversos avanços estruturaram aquela área, em um efeito cumulativo. Já entre os trabalhos disruptivos, a tendência é de que estudos predecessores deixem de ser mencionados, por não serem vistos como referência para o rumo que aquele campo tomou. “Um ecossistema científico saudável é aquele em que há uma mistura de descobertas disruptivas e de aperfeiçoamentos consolidadores”, afirmou Russell Funk, segundo o site da Escola de Administração Carlson. “Com as inovações incrementais se tornando mais comuns, pode levar mais tempo para conseguirmos avanços que impulsionem a ciência de forma mais dramática.”
Um dos casos de ciência disruptiva mencionados no trabalho é amplamente conhecido: a descoberta da estrutura de dupla hélice do DNA, apresentada em um artigo da revista Nature em 1953 pelo inglês Francis Crick e o norte-americano James Watson (que ganhariam o Nobel de Medicina ou Fisiologia nove anos depois). Já outros exemplos levantaram controvérsia. O trabalho dos cientistas sociais comparou seis contribuições à ciência capazes de ilustrar fases do espectro que vai do consolidador ao disruptivo. Uma patente de 1983 ficou na posição mais elevada na escala. De autoria de Richard Axel, da Universidade Columbia, e dois colaboradores, Saul Silverstein e Michael Wigler, a descoberta estabeleceu uma maneira eficiente de inserir DNA em células de mamíferos. Já na posição mais baixa, como exemplo de ciência consolidadora, figura um artigo de 1970 do microbiologista David Baltimore, à época no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), sobre a descoberta da transcriptase reversa, enzima que catalisa a formação de DNA a partir de um modelo de RNA.
Paradoxos Em um texto de opinião publicado no site de notícias Stat, George Church, geneticista da Escola de Medicina de Harvard, e Juergen Eckhardt, vice-presidente da Leaps by Bayer, uma unidade de investimento em pesquisa de fronteira da multinacional alemã, apontaram paradoxos nos exemplos selecionados. A patente considerada disruptiva, eles observaram, não chegou a representar uma descoberta surpreendente, pois pelo menos dois outros grupos haviam conseguido inserir DNA dentro de células antes. Já a descoberta da transcriptase foi “conceitualmente muito surpreendente” ao fornecer uma forma de estudar e comercializar o RNA e rendeu um Nobel a David Baltimore em 1975.
Também foi categorizado como “consolidador” um artigo publicado em novembro de 1965 na revista Physical Review pelo químico austríaco naturalizado norte-americano Walter Kohn, vencedor do Nobel de Química de 1998, e seu colaborador de pós-doutorado Lu Jeu Sham, na Universidade da Califórnia em San Diego. O paper é a principal referência de um dos mais populares métodos computacionais da mecânica quântica, utilizada para descrever propriedades eletrônicas na física do estado sólido, da ciência dos materiais, da química, entre outras. “É um dos artigos mais citados da história da física”, explica o físico Klaus Capelle, da Universidade Federal do ABC. “Ele mudou a forma como são feitas contas na física da matéria condensada, na química quântica, na ciência de materiais e até em algumas áreas da biologia, farmacologia e geofísica. Se o índice CD identifica esse artigo como consolidador, há algo questionável com sua metodologia ou sua interpretação.”
Provavelmente, o paper foi qua-lificado dessa forma porque, para citá-lo em trabalhos subse-quen-tes, é necessário mencionar tam-bém um estudo publicado um ano antes por Kohn e outro colaborador de pós-doutorado, Pierre Hohenberg. Enquanto o primeiro manuscrito demonstra o teorema básico, o artigo de Kohn e Sham mostrou como fazer cálculos com base nesse teorema. Ele apresenta um algoritmo matemático que permite calcular as propriedades dos sólidos – materiais para processadores de computadores ou celulares, por exemplo, foram desenvolvidos com base nesse algoritmo.
Hernan Chaimovich, do Instituto de Química da USP, considera que algumas críticas ao artigo da Nature resultam de uma compreensão distorcida. “Ele dá importância à ciência inovadora, seja disruptiva ou consolidadora”, diz. “A ciência inovadora que consolida um campo pode ter tanto impacto quanto um artigo inovador disruptivo.” Para o diretor científico da FAPESP, Luiz Eugênio Mello, a discussão gerada pelo artigo sobre o fazer científico é positiva. “Evidentemente qualquer análise de qualidade que tome como base 45 milhões de amostras tem algum mérito e a crítica pela exceção não desmerece o principal”, afirma. “Chama a atenção que vários exemplos de contribuições ‘não disruptivas’ representem revoluções fundamentais. Se houve de fato uma diminuição relativa da ciência disruptiva, por outro lado nunca antes a humanidade havia desenvolvido uma vacina – ou melhor, 10 delas – em menos de um ano”, diz Mello, referindo-se aos imunizantes contra a Covid-19. As inéditas vacinas de RNA mensageiro contra o novo coronavírus foram classificadas no artigo como ciência consolidadora, já que resultaram de um desenvolvimento gradual.
O questionamento da metodologia não teve força para arrefecer o debate levantado pelo artigo, visto que ele levanta preocupações sobre a produtividade da ciência presente em estudos anteriores. O economista Naercio Menezes Filho, professor e coordenador do Centro Brasileiro de Pesquisa Aplicada à Primeira Infância (CPAPI) no Insper, escreveu um artigo no jornal Valor Econômico em que relaciona as conclusões do artigo da Nature com as de um trabalho publicado em 2020 na American Economic Review, assinado por quatro economistas, entre os quais John Van Reenen, que foi o orientador de seu doutorado na Universidade de Londres na década de 1990.
Intitulado “As ideias estão ficando mais difíceis de encontrar?”, o estudo mostra que foi necessário aumentar muito o número de pesquisadores nos Estados Unidos para manter um mesmo nível de produtividade. “Tem cada vez mais gente alocada em pesquisa, seja nas empresas ou na academia, mas está mais difícil encontrar novas ideias para serem aplicadas”, afirma Menezes. Na agricultura, os autores mostram que entre 1960 e 2015, a produtividade cresceu a uma taxa de 1,5% ao ano, enquanto o número de pesquisadores agrícolas aumentou 5%.
Aparecem centenas de novas revistas a cada mês. É natural que o conteúdo de novidade dos artigos seja mais limitado, diz Paulo Artaxo
Várias hipóteses para essa perda de fôlego foram discutidas. O problema pode estar relacionado a uma dificuldade dos pesquisadores em conhecer todo o conhecimento gerado em seus campos, em virtude do crescimento no volume da produção científica, e a uma tendência de se dedicarem a temas especializados, que rendem inovações incrementais. Há outras variáveis. O aumento do contingente de pesquisadores em atividade tornou a ciência bem mais competitiva e eles são cobrados o tempo todo a mostrar o que estão fazendo. É comum que fatiem os resultados obtidos em vários artigos científicos com conteúdo complementar, em vez de divulgar apenas os achados principais em um manuscrito de maior peso.
Na avaliação de Paulo Artaxo, do Instituto de Física da USP, o modo de fazer ciência mudou radicalmente nas últimas décadas. “Há 100 anos, a ciência era realizada em pouquíssimos laboratórios no mundo desenvolvido. Hoje, está disseminada em 200 países. A democratização da ciência é algo muito bom, no sentido de que milhares ou milhões de pesquisadores hoje fazem ciência”, afirma. Segundo ele, isso gerou efeitos colaterais. “Ninguém hoje consegue acompanhar os milhares de papers publicados a cada dia. Só conseguimos olhar os de maior visibilidade. Há hoje uma indústria de publicações que ganha muito dinheiro com essa forma de fazer ciência. Aparecem centenas de novas revistas a cada mês. É natural que o conteúdo de novidade dos artigos seja mais limitado do que era antigamente”, afirma Artaxo. “De todo modo, eu não diria que a ciência disruptiva caiu e sim que o bolo da produção científica cresceu.”
Outra possibilidade é que o investimento em linhas de investigação na fronteira do conhecimento possa estar aquém do necessário. “Em geral, os pesquisadores não querem correr o risco de se dedicar a uma linha de investigação muito inovadora e de resultados de longo prazo, pois não podem ficar muito tempo sem publicar artigos. Isso vai prejudicá-los em contratações e promoções”, afirma Menezes Filho. Agências de fomento sempre se preocuparam em equilibrar investimentos em ciência básica e ciência aplicada ou, usando terminologia mais recente, em fazer um balanço adequado entre a pesquisa orientada pela curiosidade dos cientistas e aquela encomendada para resolver grandes desafios da sociedade (ver Pesquisa FAPESP nº 246). “Somada a pluralização da ciência em número de países e de pessoas, temos uma maior diversidade de formatos, com ciência de descoberta, ciência de implementação, ciência orientada à solução de problemas”, afirma Luiz Eugênio Mello, diretor científico da FAPESP. A Fundação oferece tanto oportunidades de financiamento para projetos de curta duração, como os auxílios à pesquisa, como para os de longa duração, caso dos projetos temáticos, com cinco anos, e dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (Cepid), com até 11 anos, que permitem a pesquisadores investir em trabalhos de fôlego sem a pressão por publicar resultados rápidos. Em 2022, a FAPESP lançou uma nova iniciativa, o Programa Geração, que já em sua primeira rodada deve apoiar cerca de 35 propostas com um orçamento total de R$ 56 milhões. Nesse programa, pesquisadores jovens, ainda sem vínculo empregatício, com até seis anos após a titulação como doutor, podem solicitar até R$ 1,6 milhão para desenvolver de forma independente projetos que se proponham a avançar a fronteira do conhecimento.
Não é impossível que o estoque de ideias originais esteja diminuindo. De todo modo, soa como contrassenso afirmar que a ciência esteja perdendo a capacidade de mudar a sociedade, seja por meio de projetos disruptivos ou consolidadores. Eckhardt, da Bayer, e Church, de Harvard, enumeraram no artigo na Stat grandes promessas no horizonte como imunoterapias contra o câncer, avanços na edição de genomas, projetos de colonização de planetas e terapias de reversão do envelhecimento.
Para Hernan Chaimovich, a metodologia proposta no artigo na Nature constitui um esforço interessante para medir a capacidade inovadora da ciência. “Mas é preciso cuidado ao afirmar que os achados disruptivos estão caindo. O que se pode afirmar é que o investimento em ciência aumentou brutalmente nos últimos anos e isso fez crescer de modo importante a pesquisa de caráter incremental”, afirma. Para além dos números, ele observa, é possível vislumbrar que a ciência continue a produzir descobertas capazes de mudar o rumo da humanidade. “Há pesquisas importantes baseadas em disrupções menores e também há grandes disrupções em curso, como a junção da inteligência artificial com a computação quântica. O potencial transformador disso é enorme e, como em exemplos anteriores, não é possível prever ou imaginar hoje o que irão representar no futuro.”
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) lançou um novo produto com foco em micro, pequenas e médias empresas (MPMEs), além de produtores rurais e microempreendedores individuais. O BNDES Fundo de Crédito para Indústria e Serviços, vai unir o banco e empresas âncoras na constituição de fundos que irão oferecer crédito a cadeia de fornecedores e clientes das empresas parceiras. A nova modalidade se diferencia do BNDES Credito Âncora porque neste novo modelo o banco também corre risco ao participar diretamente dos fundos de direitos creditórios (FDIC) que serão fontes dos empréstimos.
Para contratar com o BNDES, as empresas devem levantar uma base de devedores composta por pelo menos 70% de micro, pequenas e médias empresas, além de produtores rurais e/ou pessoas físicas, que estejam inseridos em suas cadeias produtivas ou instituições âncora do setor.
Dentre os setores que poderão ser apoiados pelo produto estão o de tecnologia da informação, infraestrutura e serviços de telecomunicações, bens de capital, mobilidade, aeronáutica e defesa, indústria de bens de consumo, agroalimentar, biocombustíveis, comércio, serviços e economia criativa.
Uma primeira operação foi estruturada com a Padtec, fornecedora de equipamentos de telecomunicações que atua com empresas provedoras de internet de pequeno e médio porte. O FIDC foi estruturado entre o BNDES e a empresa. Os recursos do Banco virão do Fundo para o Desenvolvimento Tecnológico das Telecomunicações (FUNTTEL), que tem o objetivo de estimular o processo de inovação tecnológica, incentivar a capacitação de recursos humanos, fomentar a geração de empregos e promover o acesso de pequenas e médias empresas a recursos de capital. A operação deve impactar positivamente cerca de 400 mil pessoas, por meio das dezenas de pequenos e médios provedores que poderão contar com financiamento para aquisição de equipamentos da Padtec. O BNDES poderá aportar até R$ 80 milhões no fundo.
O novo Produto conta com duas linhas de crédito: “Empresa Âncora” e “Instituição Âncora”. Em ambas linhas, o valor mínimo da subscrição do BNDES por fundo será de R$ 40 milhões e o prazo total de até 15 anos.
Empresas âncora são aquelas que atuam no setor produtivo e dão origem a direitos creditórios a partir das suas atividades com clientes, fornecedores, prestadores de serviços, franqueados ou distribuidoras. Instituições âncora, por sua vez, são investidores públicos ou privados que tenham interesse de fomentar setores produtivos que contem com a presença de MPMEs, porém das quais elas não sejam contraparte dos direitos creditórios.
Direitos creditórios são direitos que correspondem aos créditos que uma empresa tem a receber, como cheques, parcelas de cartão de crédito ou até duplicatas, faturas, entre outros.
As empresas e instituições deverão atuar como cotistas do fundo de crédito, compartilhando o risco da operação. O BNDES poderá subscrever até 80% das cotas da classe sênior dos fundos, sendo o restante subscrito em cotas subordinadas pela empresa ou instituição. No caso da linha “Instituição Âncora”, na hipótese de fundo com classe única de cotas, o percentual máximo de subscrição do Banco baixa para até 70%.
A expectativa é que por meio do compartilhamento de risco do BNDES com os agentes, empresas de menor porte poderão obter crédito em condições mais atrativas. A lógica é que o conhecimento que a empresa ou instituição âncora detém de seus fornecedores e clientes diminua o risco das operações.
Em subscrições no âmbito da linha “Instituição Âncora” o BNDES realizará chamadas públicas para seleção do gestor, que será o principal responsável pela originação dos direitos creditórios a serem adquiridos pelo fundo de crédito.
Elton Alisson | Pesquisa para Inovação – A FAPESP firmou acordo de cooperação com o Departamento de Ciência e Tecnologia (DCT) do Exército Brasileiro (EB) para selecionar e financiar projetos de pesquisa cooperativa em temas estabelecidos conjuntamente pelo DCT e a Fundação, a serem desenvolvidos por pesquisadores associados a pequenas empresas sediadas no Estado de São Paulo.
“A FAPESP apoia a ciência e o desenvolvimento tecnológico no Estado de São Paulo por meio de parcerias com diferentes instituições. Essas parcerias são cruciais para o desenvolvimento e a geração de riqueza não só para o Estado de São Paulo, mas para todo o país”, afirma Luiz Eugênio Mello, diretor científico da FAPESP.
Os projetos apoiados no âmbito do acordo deverão ter como foco o desenvolvimento de produtos de defesa em áreas de interesse do Exército Brasileiro e de outros órgãos.
Entre os produtos de defesa estão armamentos, munições, meio de transporte e de comunicações, fardamentos e materiais de uso individual e coletivo utilizados em atividades para fins defensivos.
“Já fazemos muitas coisas em ciência, tecnologia e inovação voltadas à defesa no Estado de São Paulo, cuja liderança nesses temas é inconteste. Mas faltava uma institucionalização maior por meio de um acordo como esse que assinamos agora com a FAPESP”, comenta o general Guido Amin Naves, chefe do DCT.
O Exército Brasileiro tem buscado formar a sua cadeia de valor com base em fornecedores brasileiros com o objetivo de fomentar o desenvolvimento do sistema de defesa do país e ter acesso à livre transferência de conhecimentos tecnológicos e científicos, destacaram representantes da instituição.
No Estado de São Paulo, o DCT já mantém um acordo de parceria técnica com a Embraer em um programa de desenvolvimento de radares.
“Temos muitos temas de interesse em comum em pesquisa colaborativa, como radares, telecomunicações, cibernética e meio ambiente”, disse o general Tomás Miguel Ribeiro Paiva, Comandante Militar do Sudeste.
Expedição científica
De acordo com os representantes do Exército Brasileiro, neste mês será realizada uma nova expedição científica ao Pico da Neblina, o ponto mais alto do Brasil.
A expedição anterior, que teve como destino a Serra do Imeri, no norte do Estado do Amazonas, foi feita em 2017 em parceria com pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP).
Por meio de um projeto apoiado pela FAPESP no âmbito do Programa de Pesquisas em Caracterização, Conservação, Restauração e Uso Sustentável da Biodiversidade (BIOTA) e coordenado pelo professor Miguel Trefaut Rodrigues os pesquisadores fizeram a análise comparativa da morfologia, genética e fisiologia de espécies de répteis, anfíbios, aves, mamíferos e plantas encontradas na região. O objetivo foi inferir a partir de dados climáticos como essas espécies se comportaram durante épocas de climas mais frios e mais quentes que as atuais (leia mais em: agencia.fapesp.br/28094).
“A expedição envolve muitos desafios. São muitas horas de voo para chegar à região, que é de difícil localização”, afirmou Naves.
A FAPESP anunciou uma série de novidades no Programa Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE). Uma delas é o aumento de R$ 500 mil no valor-limite de financiamento de projetos aprovados para a Fase 2, de desenvolvimento tecnológico de uma solução inovadora, e do PIPE Invest. Essa nova modalidade do PIPE oferece fundos suplementares para projetos PIPE Fase 2 de comprovado sucesso, quando houver terceira parte interessada, com o objetivo de tornar a inovação de base tecnológica desenvolvida ainda mais robusta e acelerar a comercialização.
Agora, as startups apoiadas nessas duas modalidades do PIPE podem receber até R$ 1,5 milhão (antes, o valor era de R$ 1 milhão) para avançar no desenvolvimento de seus projetos de inovação.
“Também fizemos ajustes no tipo de serviço que pode ser contratado por meio desse recurso”, disse Luiz Eugênio Mello, diretor científico da FAPESP, durante o evento “Diálogo sobre Apoio à Pesquisa para Inovação na Pequena Empresa”, que aconteceu em 28 de setembro.
Pelas novas regras, as startups apoiadas pelo PIPE poderão contratar serviços de apoio à comercialização das soluções desenvolvidas com recursos da reserva técnica – a parcela que pode ser usada para custos de infraestrutura direta do projeto.
“O objetivo dessa iniciativa é permitir que a empresa possa caminhar de forma mais ágil para validação tecnológica e chegada ao mercado e aferir lucros mais rapidamente”, explicou Agma Traina, membro da Coordenação Adjunta de Pesquisa para Inovação da FAPESP.
As empresas com projetos vigentes nas fases 1 (de prova de conceito de uma pesquisa inovadora) e 2 do PIPE também poderão utilizar recursos da reserva técnica para custear a presença em ambientes de inovação, como incubadoras. O tempo de apoio poderá ser de até 33 meses.
“Os ambientes de inovação têm que ser espaços que ofereçam serviços específicos para empresas de base tecnológica, como auxílio à propriedade intelectual e para criação de designfuncional, e outros serviços associados, como suporte administrativo, jurídico e ligação com outros empreendedores e investidores”, sublinhou Paulo Schor, membro da Coordenação Adjunta de Pesquisa para Inovação da FAPESP.
Modelagem de negócios
Outra mudança nas normas do PIPE é a introdução de ferramentas de modelagem de negócios para avaliação de projetos submetidos às fases 1 e 2 do programa.
Os proponentes de projetos para a Fase 1 do PIPE deverão empregar a ferramenta Lean Canvaspara indicar, por exemplo, quais segmentos-alvo de mercado a solução que pretendem desenvolver deve atingir.
“Essa ferramenta, mais simplificada que o Business Model Canvas, é empregada para modelagem de negócios em estágios muito embrionários, que demandam a realização de uma etapa anterior de descoberta e validação do cliente”, disse Anapatricia Morales, membro da Coordenação Adjunta de Pesquisa para Inovação da FAPESP.
Já os proponentes de projetos para a Fase 2 do programa deverão apresentar um planejamento de negócios, demonstrando a estratégia que a empresa adotará para acessar mercados a partir da pesquisa inovadora.
“Não queremos que os proponentes façam o tradicional plano de negócios. Estamos propondo que elaborem um documento intermerdiário não tão detalhado”, afirmou Morales.
A fim de auxiliar os proponentes de projetos a elaborar seus planos de negócios e de pesquisa, a coordenação do PIPE disponibilizou no site do programa modelos com diversas dicas.
“Criamos uma série de ferramentas com instruções e dicas para que os proponentes possam ter maior apoio para submeter seus projetos”, disse Luciana Hashiba, coordenadora-adjunta da área de inovação da FAPESP.
Colaboração entre a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), o Ministério das Comunicações (MCom) e o Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br)
Pesquisa Estratégica sobre a Internet
SUMÁRIO:
• Prazo para submissão: 08/11/2022 • Modalidade de Apoio: Programa de Apoio à Pesquisa em Parceria para Inovação Tecnológica (PITE) • Submissão: As propostas devem ser submetidas pelo sistema SAGe – www.fapesp.br/sage • Contato na FAPESP: chamada-mcti-mc-pite@fapesp.br
CONSIDERANDO:
a) A importância da Internet para o progresso da ciência e da tecnologia; b) A necessidade de se intensificar as atividades de pesquisa científica e tecnológica em temas relacionados à Internet e de interesse do Brasil e do estado de São Paulo; c) A existência de recursos recolhidos pela FAPESP durante o período em que a Fundação, por delegação do CGI.br conforme Resolução CGI.br 002/98, realizou a atividade de registro de domínios; d) Que os recursos recolhidos no registro de domínios se originaram no estado de São Paulo e em outros Estados da Federação, devendo, portanto, ser aplicados em pesquisa em todo o Brasil; e) E com a provisão de parte destes recursos de registro de domínios a que se refere à Resolução CGI.br 002/98.
A FAPESP, MCTI, MCom e CGI.br tornam pública a presente Chamada para Propostas para pesquisa estratégica em Internet, no âmbito do Convênio de Cooperação Científica e Tecnológica entre FAPESP, MCTI e MCom (www.fapesp.br/8388), no interesse do Comitê Gestor da Internet no Brasil – CGI.br
1. Introdução
Esta Chamada de Propostas convida pesquisadores que tenham vínculo empregatício com instituição pública ou privada, sem fins lucrativos, de ensino superior ou de pesquisa nacional, que trabalhem em áreas de pesquisa para o desenvolvimento da Internet, a apresentarem propostas de projetos de pesquisa na forma e condições a seguir estabelecidas.
As propostas devem ser elaboradas por pesquisadores em instituições de pesquisa no Brasil que atendam aos critérios da FAPESP para submissão de propostas na modalidade Auxílio à Pesquisa – Programa de Apoio à Pesquisa em Parceria para Inovação Tecnológica (PITE) – www.fapesp.br/pite, além das exceções expressas nesta Chamada, em parceria com pesquisadores vinculados à empresa parceira.
O Programa de Apoio à Pesquisa em Parceria para Inovação Tecnológica (PITE) destina-se a financiar projetos de pesquisa em Instituições de Ensino Superior e Pesquisa, públicas ou privadas, desenvolvidos em cooperação com pesquisadores de centros de pesquisa de empresas localizadas no Brasil ou no exterior e cofinanciados por estas. O Programa tem como objetivo intensificar o relacionamento entre Instituições de Ensino Superior e Pesquisa e empresas, por meio da realização de projetos de pesquisa cooperativos e cofinanciados.
Sendo o desenvolvimento do projeto de pesquisa feito de forma cooperativa, espera-se que os resultados contribuam para a criação de conhecimento ou inovações tecnológicas de interesse da empresa parceira, além de contribuírem para o avanço do conhecimento e para a formação de recursos humanos altamente qualificados. As empresas parceiras devem necessariamente contribuir para o financiamento do projeto de pesquisa com uma contrapartida de recursos próprios ou de terceiros, equivalente a no mínimo o mesmo valor solicitado à FAPESP, que deverá ser desembolsado à Instituição de Ensino Superior e Pesquisa parceira. A empresa também deve indicar um pesquisador que atuará no projeto. O financiamento da FAPESP e da empresa é dirigido exclusivamente à Instituição de Ensino Superior e Pesquisa parceira.
2. Objetivos
2.1. A presente Chamada de Propostas estabelece condições para a submissão de projetos de pesquisa no campo da Internet em áreas definidas no texto do Convênio firmado entre FAPESP, MCTI e MCom (www.fapesp.br/8388). Espera-se que, ao final da execução, os projetos venham a produzir resultados que atendam aos requisitos abaixo:
a) Desenvolver a pesquisa em Tecnologia de Informação e Comunicação (TIC), buscando criar conhecimento e inovação, afinada com os grandes problemas da Internet;
b) Formar e fortalecer grupos de pesquisa excelentes em instituições acadêmicas de pesquisa, nos diversos temas atuais sobre aplicações e tecnologias para a Internet.
2.2. Espera-se que os projetos de pesquisa atendam a uma ou mais de três dimensões – (i) aplicações-chave, (ii) engenharia e tecnologia e (iii) fundamentos científicos. O desenvolvimento de aplicações exige uma base tecnológica para captação, transmissão e gerenciamento da informação que, por sua vez, necessita da fundamentação científica apropriada. Esses três eixos estão interligados e são interdependentes. As aplicações dirigem e motivam o desenvolvimento de tecnologia e ciência; essas, por sua vez, contribuem para a geração de novas aplicações.
3. Temas de pesquisa
Esta Chamada é aberta a propostas de pesquisa conjuntas nos seguintes temas:
a) TVI – Tecnologias Viabilizadoras da Internet; b) AAI – Aplicações Avançadas da Internet; c) CCD – Comunicação em Rede e Cultura Digital; d) PPI – Políticas Relativas à Internet; e) SLA – Software Livre, Dados Abertos, Formatos Abertos e Padrões Abertos; e f) ASTIC – Aplicações Sociais de Tecnologia da Informação e Comunicações.
O detalhamento dos temas, conforme estabelecido no Convênio, está descrito no Anexo I desta Chamada.
4. Valor oferecido nesta Chamada
O valor total oferecido é de até 20 milhões de reais.
5. Elegibilidade
Quanto ao pesquisador
5.1. O proponente deverá ter vínculo empregatício com a instituição de ensino superior ou de pesquisa, pública ou privada e sem fins lucrativos no Brasil proposta para sediar o projeto e atender aos requisitos descritos nas normas da FAPESP para essa modalidade: www.fapesp.br/pite.
5.2. Além de atender aos requisitos acima, somente serão considerados como elegíveis o proponente e equipe que demonstrem:
a) Qualidade e regularidade da produção científica e/ou tecnológica. Elementos importantes para essa análise são: lista de publicações em periódicos e conferências de alto impacto e com seletiva política editorial; livros ou capítulos de livros; patentes em que figure como inventor; resultados de pesquisa efetivamente transferidos e adotados por empresas ou pelo governo; e outras informações que possam ser relevantes;
b) Experiência demonstrada na liderança de projetos de pesquisa e desenvolvimento relacionados ao tema da proposta em análise;
c) Equipe:
i. Qualidade e regularidade da produção científica e/ou tecnológica da Equipe frente aos desafios do projeto;
ii. Especificação da função de cada membro da equipe;
iii. Experiência prévia da equipe em pesquisas e/ou desenvolvimentos tecnológicos conjuntos:
iv. Participação de pesquisadores da empresa.
Quanto à empresa
5.3. São elegíveis como empresas parceiras, quaisquer entidades legalmente constituídas no Brasil ou no exterior.
5.4. Não serão consideradas “empresas parceiras” aquelas que mantenham relações societárias, financeiras ou comerciais formais ou informais com a instituição de pesquisa privada que sedie a pesquisa ou com o pesquisador responsável. Tais hipóteses configuram conflito de interesses e não serão admitidas pela FAPESP.
6. Financiamento e duração do projeto
6.1. O financiamento solicitado poderá cobrir despesas de fomento à pesquisa previstas nas normas do PITE – www.fapesp.br/pite/#8 – item 8.
6.2. As propostas devem ter duração prevista de até cinco anos e orçamento solicitado não superior a R$ 500 mil reais por ano para a FAPESP. A empresa parceira deve se comprometer a alocar o mesmo valor que for solicitado à FAPESP.
6.3. Incluem-se no valor total do orçamento solicitado os valores da Reserva Técnica, que é composta apenas de Benefícios Complementares; e os valores da Provisão de Importação, que é calculada em 15% sobre o valor das concessões em moeda estrangeira, conforme Portaria 15/2014 – www.fapesp.br/9131.
6.4. O financiamento disponibilizado pela FAPESP no âmbito do Convênio FAPESP/MCTI/MCom/CGi.br para esta Chamada não pode ser usado para:
a) Pagamento de salários de qualquer natureza;
b) Pagamento de atividades administrativas de qualquer tipo;
c) Construção de novos prédios ou benfeitoria de prédios já existentes.
d) Custos de viagens para apresentações de trabalhos em congressos devem ser cobertos nos projetos pelos Benefícios Complementares (adicionados automaticamente ao projeto no sistema SAGe). Recursos para esses itens não devem ser adicionados manualmente ao orçamento. Recursos adicionais para viagens para pesquisa de campo, para colaboração, para estágios de pesquisa de curta duração e para vinda de pesquisadores visitantes podem ser concedidos desde que acompanhados de um plano de trabalho para cada viagem e currículo do pesquisador envolvido.
6.5. Observa-se que garantir a infraestrutura administrativa é uma parte essencial da contribuição institucional.
7. Características das propostas
As propostas devem seguir o Formato para apresentação de Propostas conforme definido em www.fapesp.br/pite/#10.
Propostas com pendências ou fora do formato aqui especificado, ou com documentos faltantes não serão habilitadas para análise.
8. Submissão das Propostas
8.1. As propostas devem ser apresentadas exclusivamente pelo sistema SAGe (fapesp.br/sage), conforme orientações descritas no Anexo II desta Chamada, até a data limite estabelecida no Cronograma (item 10 desta Chamada).
8.2. Nenhuma proposta poderá ser submetida após a data limite de submissão, assim como não serão aceitos adendos ou esclarecimentos, a não ser aqueles explícita e formalmente solicitados pela FAPESP.
8.3. Propostas sem aderência às normas da FAPESP para a modalidade escolhida não serão habilitadas para análise de mérito.
9. Análise e seleção
9.1. O processo de análise e seleção de propostas seguirá os procedimentos descritos no Anexo III do Convênio e será composto de duas fases:
1ª Fase – Enquadramento: as propostas serão encaminhadas à FAPESP que, com auxílio do Comitê Gestor da Cooperação, fará a análise de enquadramento nos termos da Chamada. O Comitê Gestor avaliará se a proposta se enquadra nas especificações da Chamada e recomendará o enquadramento ou não ao Diretor Científico da FAPESP.
2ª Fase – Análise de mérito científico: Conforme sistemática de análise por pares da FAPESP, as propostas pré-selecionadas serão encaminhadas a assessores ad hoc, cujos nomes serão mantidos em sigilo, conforme disposto no item “13.1 Processo de análise” das normas do PITE, e em seguida analisadas pelas Coordenações de Área e Adjunta da FAPESP. Com base nos pareceres dos assessores ad hoc e nas recomendações de Coordenações de Área e Coordenação Adjunta da Diretoria Científica da FAPESP, o Comitê Gestor da Cooperação encaminhará as propostas à Diretoria Científica da FAPESP com recomendação de aprovação ou denegação.
9.2. As propostas serão selecionadas segundo as normas e critérios de seleção de projetos da FAPESP, com a participação do Comitê nos termos do Anexo III do Convênio FAPESP/MCTIC (www.fapesp.br/8388).
9.3 Propostas submetidas nas chamadas anteriores poderão ser reapresentadas como pedidos de reconsideração mantendo o mesmo número de processo no SAGe. Neste caso, as propostas devem ser aprimoradas levando em consideração as críticas da assessoria e devem apresentar o Formulário de Solicitação de Reconsideração respondendo ponto a ponto aos questionamentos e críticas apontados pela assessoria. Mais informações sobre o procedimento de submissão de reconsideração estão disponíveis em www.fapesp.br/reconsideracao e no Anexo III.
9.4 Propostas denegadas nesta chamada, poderão apresentar 1 pedido de reconsideração até a data indicada no cronograma abaixo. Neste caso, conforme mencionado no item anterior, o Formulário de Solicitação de Reconsideração deverá ser devidamente preenchido.
10. Cronograma
Anúncio da Chamada de Propostas
02/09/2022
Data limite para apresentação de propostas
08/11/2022
Anúncio dos resultados
04/2023
Data limite para pedidos de reconsideração
01/06/2023
Anúncio dos resultados dos pedidos de reconsideração
08/2023
O cronograma para apresentação de relatórios científicos e de prestações de contas das propostas selecionadas seguirá as normas do PITE (www.fapesp.br/pite)
Anexo I – Temas para os Projetos de Pesquisa Estratégica sobre a Internet
a) TVI – Tecnologias Viabilizadoras da Internet
Estes projetos deverão prever resultados verificáveis, típicos de projetos de pesquisa aplicada, como publicações em veículos de ampla circulação internacional, teses, patentes, software livre, bem como demonstração em campo em redes de pesquisa de produção (ex.: RNP, ANSP) ou experimentais (ex.: Cipó, KyaTera ou GIGA).
Possíveis tópicos incluem:
arquiteturas e protocolos inovadores para Internet
redes ópticas, incluindo hardware e software, dispositivos, componentes e equipamentos, sistemas de transmissão, formatos de modulação
qualidade de serviço (QoS)
roteamento e controle de tráfego adaptativo
tráfego multimídia
redes de sensores sem fio
internet quântica
redes móveis
redes definidas por software (SDN)
5G e B5G
internet das coisas (IoT)
computação em nuvem, névoa e borda
segurança de sistemas e redes, cibersegurança
privacidade
redes de baixo custo para populações vulneráveis e oferta de rede em áreas remotas e rurais
redes verdes e sustentáveis
tecnologia para redes extremamente rápidas
b) AAI – Aplicações Avançadas da Internet
Estes projetos deverão prever resultados verificáveis, típicos de projetos de pesquisa aplicada, através de publicações em veículos de ampla circulação internacional, teses, patentes e/ou software livre, bem como que possam ser demonstrados através de implementação experimental na Internet.
aplicações de Computação de Alto Desempenho
aplicações de Inteligência Artificial na Internet
integração de serviços de aglomerados computacionais: middleware e plataformas de produção
aplicações de plataformas temáticas nacionais, integrando recursos de computação, comunicação e visualização em larga escala
aplicações multimídia de muito alta definição em artes e humanidades
aplicações de computação em nuvem/névoa/borda
aplicações em eScience, incluindo weblabs
cidades inteligentes e mobilidade urbana
blockchain e criptomoedas
coleta, processamento, gestão e visualização de grandes quantidades de dados na Internet
IoT para agricultura de precisão
aplicações de redes em manufatura avançada e indústria 4.0
modalidades de teleatendimento em saúde
IoT para saúde; cadeias de suprimentos para hospitais e clínicas de saúde com confiança, verificação de qualidade e preços
Prevenção e gestão de pandemias
c) CCD – Comunicação em Rede e Cultura Digital
Estes projetos deverão prever resultados verificáveis, típicos de projetos de pesquisa aplicada, como publicações em veículos de ampla circulação internacional, teses, patentes e/ou software livre, bem como que possam ser demonstrados através de implementação experimental na Internet.
comunicação digital
web semântica e pragmática
análise e experimentos de plataformas de interação
métodos e métricas de análise de redes
netnografia e pesquisas qualitativas das redes
educação e aprendizagem em rede (EaD)
cidadania em rede
privacidade, anonimato e controle
redes sociais
combate a notícias falsas e desinformação
governança participativa
d) PPI – Políticas Relativas à Internet
Estes projetos devem envolver pesquisa nos temas de políticas digitais e de Internet, bem como publicações em veículos de ampla circulação internacional, teses, políticas públicas e/ou software livre, podendo incluir, justificadamente, atividades de extensão derivadas da pesquisa.
legislação e regulamentação das redes distribuídas, LGPD e GDPR
modelos de governança das redes
movimentos sociais, culturais e ativismo em rede
neutralidade da rede
políticas públicas e democracia na rede
governos em rede
análise e experimentos democráticos na Internet
transparência e acesso à informação
e) SLA – Software Livre, Dados Abertos, Formatos Abertos e Padrões Abertos
Estes projetos de pesquisa devem envolver pesquisa com aplicação, uso e/ou desenvolvimento de padrões abertos e/ou software livre e que possam ser implementados na Internet. Os projetos devem gerar publicações, software livre, documentação ou políticas públicas.
mapeamento e análise das iniciativas relevantes de SLA nacionais e internacionais
métodos para formação, motivação e manutenção de redes de colaboração
processos e boas práticas de desenvolvimento de SLA
investigação e mineração de dados em repositórios de SLA
economia das redes de compartilhamento
estudos sobre licenciamento e propriedade intelectual
estudos sobre registro eletrônico de saúde do cidadão e seu compartilhamento com segurança e privacidade
f) ASTIC – Aplicações Sociais de Tecnologia da Informação e Comunicações
Estes projetos de pesquisa devem almejar à pesquisa para o desenvolvimento de produtos e/ou processos inovadores que envolvam significativo risco tecnológico e sejam relevantes para o desenvolvimento social e aumento da competitividade e produtividade do país, tendo clara demanda e oportunidades de mercado em sua aplicação na sociedade.
Aplicações da Internet em Educação e Esporte
Aplicações da Internet em Meio Ambiente, Biodiversidade e Sustentabilidade
Aplicações da Internet para gestão e governança pública
Aplicações da Internet para aumento da produtividade em Arranjos Produtivos Locais
Aplicações estruturantes para cidades inteligentes
Aplicações em Saúde, Telemedicina e Telessaúde
Anexo II – Instruções específicas sobre o uso do SAGe
1. É necessário que o Pesquisador Responsável pela proposta e os demais pesquisadores da equipe sejam cadastrados no sistema SAGe e confirmem sua participação:
(i) Pesquisadores que não possuem cadastro no SAGe devem inicialmente realiza-lo acessando a página do SAGe no endereço www.fapesp.br/sage, clicar em Sem cadastro? e preencher os dados solicitados. Não basta apenas cadastrar-se como usuário, é necessário completar os dados cadastrais;
(ii) Pesquisadores já cadastrados devem realizar o login no SAGe com identificação e senha usuais para acessar o sistema.
2. Na página Inicial do sistema (Home) selecionar, dentre as opções do menu “Acesso Rápido – Atividades do Pesquisador”, o link Nova Proposta Inicial.
3. O sistema disponibilizará na página seguinte o menu “Incluir Proposta – Selecionar Linha de Fomento”, selecionar o linkOutras linhas de fomento.
4. Ao expandir a opção Acordos de Cooperação será possível selecionar:
MCTIC/CGI – Cooperação Científica e Tecnológica entre FAPESP e MCTIC > MCTIC/CGI – PITE > Chamada de Propostas (2022).
5. A partir daí incluir os dados solicitados em todas as abas, inclusive a lista de documentos a serem anexados.
6. Atenção para a obrigatoriedade de preenchimento de todos os itens marcados com “ * ”. É necessário submeter a proposta ao final do preenchimento. Proposta salva não significa proposta submetida.
7. No caso de dúvidas, na página inicial do SAGe pode ser usado o link Manuais e, na página Manuais, buscar esclarecimentos na lista Manuais de Apoio aos Pesquisadores.
IMPORTANTE: Recomenda-se fortemente verificar periodicamente as pendências da proposta utilizando a opção “Validar” do SAGe. Isso pode ser feito repetidas vezes, à medida que a proposta for construída, permitindo que sejam tomadas em tempo as providências necessárias à submissão. Ao selecionar a opção “Validar”, o sistema SAGe apresentará as pendências impeditivas para submissão da proposta considerando os itens que foram inseridos. Em caso de dúvidas sobre a utilização do SAGE, além dos Manuais, a FAPESP disponibiliza ainda atendimento pelo serviço Converse com a FAPESP em https://fapesp.br/converse.
Anexo III – Instruções específicas para solicitações de reconsideração de Propostas submetidas nas chamadas anteriores
Conforme informado no item 9.3, propostas submetidas nas Chamadas de 2019 e 2021 poderão ser reapresentadas como pedidos de reconsideração mantendo o mesmo número de processo no SAGe.
Neste caso, as propostas devem ser aprimoradas levando em consideração as críticas da assessoria e devem apresentar o Formulário de Solicitação de Reconsideração respondendo ponto a ponto aos questionamentos e críticas apontados pela assessoria.
1. Na página inicial do sistema (Home) selecionar, dentre as opções do menu “Acesso Rápido – Atividades do Pesquisador”, o link Minhas Propostas;
2. Selecionar a proposta denegada na Chamada de 2019 ou 2021 e escolher a opção “Reconsideração”;
3. Na tela de inclusão de Reconsideração, selecionar a opção “Alterar a divulgação” e selecionar a chamada de 2022 (MCTIC/CGI – Projeto de Pesquisa – PITE > Chamada de Propostas (2022);
4. Anexar o documento “Formulário de Reconsideração” e atualizar o Projeto de Pesquisa conforme considerações da assessoria;
5. Clicar no link “Submeter” e depois em “Confirmar”. A proposta manterá o mesmo número da Chamada anterior.
A Finep Inovação e Pesquisa, empresa pública do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), acaba de assinar o primeiro contrato de financiamento reembolsável, que terá como indexador, na remuneração, a Taxa Referencial (TR), em substituição à TJLP.
As condições operacionais da Finep foram alteradas recentemente para atendimento à Medida Provisória 1.136 de 2022. E a boa notícia é que os empréstimos estão mais atrativos para as empresas, o que não deixa de ser um estímulo a mais ao desenvolvimento da inovação de maior relevância e risco tecnológico.
Ao todo serão destinados R$ 145 milhões, em recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), para a empresa Delta Indústria Cerâmica S/A. O financiamento é para viabilizar uma nova planta de revestimentos cerâmicos em grandes formatos, com medidas acima de 120 cm.
O projeto terá como diferencial a integração das etapas da produção, via tecnologias da indústria 4.0, com comunicação entre os vários equipamentos para fornecimentos de dados em tempo real, e a flexibilidade, com a modificação dos setups de produção de forma imediata e integrada entre as etapas.
As novas condições de financiamento ficaram mais simples, pois preveem taxa única – TR mais 3%, mais o spread de risco- para as linhas principais da Finep.
Os prazos de carência e amortização, assim como a participação da Financiadora no valor total do projeto continuarão a depender do grau, da relevância da inovação e do risco tecnológico envolvido no desenvolvimento da pesquisa.
Veja aqui a tabela completa e as novas Condições Operacionais da Finep no financiamento a empresas inovadoras.
BNDES apoia Grupo Malwee para repasses de capital de giro a pequenos empreendedores
Recursos deverão chegar a mais de 100 lojas administradas por pequenos e médios empreendedores que revendem produtos da companhia
BNDES Crédito Cadeias Produtivas segue lógica de ajuda a MPMEs por meio do apoio direto a empresas maiores
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou financiamento ao Grupo Malwee para que a empresa destine recursos de capital de giro a cerca de 100 lojas revendedoras e franqueadas da companhia. As lojas previstas para receberem os recursos são administradas por pequenos e médios empreendedores do segmento de varejo do vestuário e estão localizadas em todas as regiões do país, sendo cerca de 30% delas no Norte e Nordeste do país. A operação de R$ 20 milhões ocorre no âmbito do BNDES Crédito Cadeias Produtivas. Lançado em abril de 2022, inspirado em um programa emergencial lançado em 2020 durante a pandemia, ele visa atender às necessidades de capital de giro de micro, pequenas e médias empresas (MPMEs) que integram a cadeia produtiva de companhias maiores. Ou seja, por meio do financiamento a uma empresa âncora, o recurso do BNDES chega a seus fornecedores, prestadores de serviços, distribuidores e franqueados. Os recursos financiados serão repassados pelo Grupo às varejistas revendedoras ou franquedas nas mesmas condições financeiras previstas no contrato de empréstimo da empresa com o BNDES. Os lojistas, por sua vez, poderão usar o capital de giro de forma livre em seus negócios. Fundado em Jaraguá do Sul (SC) em 1968, o Grupo Malwee conta atualmente com seis marcas. Produzindo aproximadamente 50 milhões de peças de roupas anualmente, o grupo está presente em 85% dos municípios brasileiros, onde seus produtos são comercializados por meio de 24 mil lojas multimarcas. Atualmente, ele possui duas unidades fabris em Jaraguá do Sul (SC) e uma em Pacajus (CE). Fonte: BNDES Crédito Cadeias Produtivas. contato@hojeinveste.com 11999012211 whatsapp